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terça-feira, 19 de março de 2013

Frogs

O que os sapos comem?
Os sapos comem muitos insetos de várias espécies, como: moscas (adultas e larvas), baratas, pernilongos, formigas, pulgões, besouros, lagartas e vagalumes. Além de insetos, comem outros animais invertebrados como aranhas, lesmas e minhocas. Por isso, sapos, rãs e pererecas são amigos dos homens: eles controlam a população de insetos e de outros invertebrados que causam grandes prejuízos para a agricultura e transmitem doenças.
Exemplo: se não houver sapos no meio de uma horta, as lesmas podem se multiplicar e devorar todas as folhas das verduras, como alface e repolho. A solução seria aplicar veneno para matar as lesmas? Sim, o veneno resolve e mata as lesmas, mas o que acontece à saúde ao comer essas verduras envenenadas? Apenas depois de vários anos será recebida essa resposta, na forma de uma enorme despesa com farmácias e hospitais.
Além disso, o veneno só mata as lesmas nas primeiras vezes em que é usado. Logo esses animais ficarão imunes ao veneno e doses mais elevadas serão necessárias, envenenando ainda mais as verduras e matando também os sapos e outros bichos que comem as lesmas. Portanto, não seria mais fácil cuidarmos melhor da natureza para que sempre haja sapos nas hortas?
E as moscas? Alguém gosta de moscas pousando em seu prato de comida ou no bolo de aniversário? É claro que todos detestam isso, não é mesmo? As moscas nascem das larvas que se desenvolvem nas esterqueiras (de porco, galinha e gado) e nos depósitos de lixo orgânico. Os sapos e as rãs são os maiores devoradores dessas larvas. Mas a quantidade de esterco e de lixo não pode ser grande, pois, neste caso, os sapos e rãs - ou qualquer outro animal - não conseguem chegar perto desses ambientes por estarem muito contaminados, impróprios para a vida.
Além disso, o esterco e o lixo poluem todas as lagoas próximas, onde sapos e rãs se reproduzem, causando seu extermínio na região. Nesses casos, as moscas ficam à vontade para se multiplicarem aos milhares e infernizarem a vida das pessoas que moram nas proximidades.

Como o sapo captura sua presa?
Os anfíbios possuem uma língua bastante elástica e pegajosa na ponta. Para capturar um inseto, como explicado anteriormente, eles lançam a língua sobre o bicho, que gruda na mesma e, depois disso, é puxado para dentro da boca (às vezes, os sapos podem também saltar para melhorar a eficiência na captura da presa). Isso é feito com muita rapidez: em um piscar de olhos o inseto vai para dentro da boca do anfíbio. Antes de ser engolido, o inseto é pressionado contra o céu da boca do animal.
Alguns anfíbios têm uma espécie de dente no céu da boca que ajuda a imobilizar o inseto. Na Floresta Amazônica e na região Centro-Oeste do Brasil existem espécies de rãs, que vivem o tempo todo dentro da água, que não possuem língua. Elas capturam as presas dentro da água com a boca, como os peixes fazem
 Qual é o horário das refeições?
A maioria das espécies caça durante a noite e dorme durante o dia, quando ficam escondidas em lugares bem fresquinhos. Seus olhos enormes servem para facilitar a localização das presas na escuridão da noite.
Aquelas que vivem no chão da floresta caçam durante o dia, porque esse ambiente é sempre úmido e fresco. As espécies diurnas apresentam uma coloração especial para ficarem camufladas nas folhas secas do chão da floresta, desta forma, não são notadas por seus predadores naturais nem por suas eventuais presas.
 Por que os anfíbios coaxam?
O objetivo do coaxar é atrair um parceiro para o acasalamento. Somente os machos coaxam - as fêmeas são mudas. Algumas espécies apresentam dois coaxares diferentes: um de propaganda (ou nupcial) para atrair uma fêmea; outro para advertir um macho rival, no caso dele coaxar ou estar muito próximo.

O período que um macho pode coaxar depende de seu estado de nutrição, pois gasta energia. Se o macho estiver bem alimentado e com sorte de achar comida (invertebrados, que são suas presas) perto dos locais de reprodução (lagoas, riachos e banhados), pode ficar coaxando durante muitas noites numa temporada. Cada espécie tem um determinado período para procriação. A maioria se reproduz na primavera e no verão; outras no outono e inverno e algumas se reproduzem durante o ano todo.
3.9 Reprodução dos anfíbios
• Fecundação - A fecundação da grande maioria dos anfíbios é externa (ocorre fora do corpo da fêmea). Nas aves e mamíferos, por exemplo, a fecundação é interna (ocorre dentro do corpo da fêmea). Durante o acasalamento, o casal fica em posição denominada amplexo, que significa abraço (o macho se posiciona sobre a fêmea, abraçando-a

Há, também, espécies que apresentam um terceiro tipo de coaxar emitido em seu refúgio durante o dia, longe da lagoa de procriação, cuja finalidade ainda não tem uma explicação clara por parte da Ciência. Também pode ser produzido um som de agonia, quando ocorre a captura por um predador (aves, cobras, morcegos, etc.).
Já os sapos e rãs coaxam na beira das lagoas, no chão ou na água, às vezes escondidos no meio da vegetação. Eles, normalmente, coaxam e se reproduzem no local onde nasceram. A fêmea escolhe o macho que coaxa mais intensamente ou aquele mais insistente. O coaxar de algumas espécies é bastante intenso, chegando a doer os ouvidos se alguém chegar muito próximo. Há espécies com coaxar tão baixo que só é audível a um ou dois metros de distância. O coaxar nupcial e o acasalamento, geralmente, são realizados à noite, mas, em algumas espécies, podem ocorrer durante o dia.
A competição por uma fêmea é tão grande em algumas espécies que os machos defendem, com vigor, o território ao seu redor, em um raio de um ou dois metros. Se outro macho invadir esse território e começar a coaxar, o dono do território emite um coaxar de advertência. Se o intruso insistir em permanecer, poderá haver luta corporal pela disputa do território. No caso do Sapo-comum (Bufo ictericus), se uma fêmea passar por perto para caçar suas presas, por exemplo, sem estar no ponto de desova, o macho não desperdiça a oportunidade de abraçá-la (posição de amplexo) e não a soltar mais, até que fique pronta para desovar, o que pode demorar mais de duas semanas.




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